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Stranger Things — Review

  • Anna
  • 27 de out. de 2017
  • 4 min de leitura

Stranger Things (2015) – Série original da Netflix dos diretores Matt and Ross Duffer (Duffer Brothers) esse sci-fi de horror traz muita nostalgia para quem é fã de filmes dos anos 80. A diferença, a diferença principal aqui é história: A ação ocorre em Hawkins, Indiana, uma cidade que não é exatamente a fatia da saudade do meio-oeste que parece. As famílias estão tensas e estilhaçadas, os indivíduos lutam com o sofrimento e o vício, e há coisas sinistras acontecendo em uma instalação de pesquisa militar secreta fora da cidade. A trama começa com pelo desaparecimento de Will Byers, de 12 anos (Noah Schnapp). Sua mãe perturbada (Winona Ryder) rapidamente acredita que Will não está exatamente morto, enquanto seus três melhores amigos — nerds de Dungeons & Dragons, naturalmente — decidem ajudar a encontrá-lo. Os choques, o horror e a ameaça vêm de várias direções, incluindo a do cientista assustador interpretado por Matthew Modine. Ryder tem que fazer um duro trabalho aparecendo enlouquecida pelo sofrimento, medo ou desespero na maioria das cenas iniciais. O candidato do Prêmio Tony, David Harbour, é muito bom como o chefe da polícia da cidade, que está lutando contra seus próprios demônios, mas o que realmente faz o show é o elenco dos três pequenos amigos e a garota estranha que os junta na busca para encontrar Will.

Me remeteu até The X-Files que é uma das minhas séries favoritas da vida e também Twilight Zone. Stranger Things foi pra mim o que Super 8 não conseguiu ser. O elenco fez seu papel perfeitamente. Principalmente as crianças. Winona Ryder também está no elenco adulto da série. Stranger Things é um aglomerado de referências do cinema atual e da década de oitenta, com referências tão claras de clássicos da ficção científica nos elementos primordiais de composição: cenário, figurino e principalmente a fotografia. A fotografia é perfeita, muita cor, muita composição de luz, muito trabalho sinergético de temperaturas, mas periodicamente trazendo mais a tonalização fria aos ambientes de ação e clímax. Mas vamos começar pela abertura: que abertura absurda. Ela é linda, limpa, harmônica e submerge tanto à uma sensação quase que subconsciente a um tempo que não volta mais. Não importa se você não nasceu na década de oitenta. Ela nos remete à uma impressão analógica e particularmente me lembrou muito as aberturas de filmes em VHS — bom, se você nunca assistiu nada em VHS talvez não te remeta a nada mesmo, mas o movimento do título é típico de um cinema hollywoodiano que eu não vejo mais e que eu tenho medo que não volte.

A trilha sonora vai de Jefferson Airplane, Peter Gabriel numa versão maravilhosa de “Heroes” do David Bowie a The Clash, New Order, Joy Division e mais algumas bandas incríveis que trazem toda a década de 80 à trilha da série. Só a trilha vai te convidar logo no primeiro episódio. Todas as referências literárias, cinematográficas e habituais de Stranger Things dialogam com fidelidade à estética anos 80. É perceptível encontrar referências de David Lynch na forma de se criar suspense e até a própria narrativa do desenrolar da história que remete muito a Twin Peaks. Trabalhando com um lado sobrenatural desconhecido e não-terrestre. Algumas cenas específicas dos episódios finais nos trazem de imediato “Under The Skin” de 2014 de Jonathan Glazer passam na sua cabeça; um filme muito atual e que é bem nítida a semelhança referencial tanto do enredo da cena quanto do cenário e, obviamente, os planos, cortes e movimentos. Praticamente idênticos.

Na série, o melhor conjunto visual, é quando Joyce cobre toda a sua casa com camada após a camada de luzes de Natal, que brilham esporadicamente à medida que Will tenta se comunicar de uma dimensão alternativa. É um pouco que, visualmente e emocionalmente, familiar ao filme "Poltergeist", a cena final de "Close Encounters of the Third Kind" - mas, ao mesmo tempo, é tão distintamente do próprio. Não lembra apenas a época em que estão associados, mas a qualidade dos próprios filmes. E essa é a coisa: enquanto a série está definida nos anos 80, e cheia até ao talo de referências da cultura pop do período, também é uma história de aqui e agora - ficção científica, monstros, conspirações governamentais - que torna-se estranhamente reconfortante em sua configuração.

Isso me lembrou uma outra parte, muito depois de eu chamar a morte da nostalgia em si, em que olhamos o ponto da cultura pop em um mundo que, claro, parece ter ficado louco. Stranger Things é esse mundo num microcosmo; É uma cidade pequena e tranquila que não tinha nada com que se preocupar, além dos choques do ensino médio, lançado ao caos pela chegada de monstros, morte e incerteza. Vivemos basicamente no Upside Down. Diga-me que você não sente isso.

Se você é fã de filmes como The Thing, Poltergeist, E.T., Alien, Freaks and Geeks, Carrie, Stand by Me, The Goonies, Close Encounters of the Third Kind e outros semelhantes eu não tenho dúvidas que a série foi feita pra você.

A SEGUNDA TEMPORADA DE STRANGER THINGS FOI LANÇADA 27/10/2017. ASSIM QUE EU TERMINAR DE ASSISTIR, VOU POSTAR SOBRE.

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Este foi um espaço criado para dividir um pouco com o mundo os meus interesses. Irei falar sobre diversos e os mais variados assuntos, e com sorte, irei entreter-los com os conteúdos abordados. 

Espero com todo o coração que aproveitem todos os posts e se divirtam.

Até logo, e boa leitura!

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